até que um choque asteróide

...abrevie a humana demência
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acabou


(Vamos ver se eu uso isso aqui como um "diário" propriamente dito uma vez na vida...rsrs)

Hoje acabou.

Nunca mais.

O mundo não deixará de girar um segundo (seja angular ou temporal), mas uma série de coisas que eu tomava por certas passaram.

Ainda seria possível retroagir, mas não seria honesto com minha vontade, muito menos com meus patrocinadores (e não estou falando aqui apenas dos meus pais).

Adoro mudanças, mas essa mudança tem um quê de autoreferente. Mesmo quem adora mudanças fica um pouco pensativo quando uma mudança afeta a própria dinâmica das mudanças em nossa vida.

Afinal, não queremos uma mudança que impeça mudanças subsequentes.

E a mudança de hoje implica que em grande parte, na minha vida, não haverá mais mudanças programadas.

A partir deste instante todas as mudanças são mudanças provocadas, e se quiser manter um ritmo agradável de mudanças boa parte delas terá de ser provocada por mim, sozinho, sem roteiro ou trilha.

E justamente por não haver trilha ou guia, as mudanças agora serão mudanças no sentido mais essencial da palavra.

Até então vivi muitas mudanças assim, sem corrimão ou amparo, e mesmo sendo num ritmo maior que a média das pessoas que conheço, elas ainda eram eventuais e não definiam minha vida.

Essa mudança de hoje é especial, porque hoje muda-se o jeito de me mudar.

Enquanto é certo que toda a vida é uma aventura, quem deseja aventurar-se nas maiores montanhas têm antes de chegar à sua base, e há uma diferença fundamental entre a aventura antes e a aventura depois desse marco.

Hoje sinto-me no marco zero. À frente apenas a minha própria força pode me levar.

E como a toda força corresponde uma reação igual e contrária, é preciso pensar mais rápido, agir mais sabiamente e com passos mais precisos.

Não para atingir "objetivos superiores" ou conservar algum tipo de "pureza interior", mas para viver!



Reflexos:
para quem chegou aos comentários, deixo uma última explicação:

hoje terminou a última disciplina do meu doutoramento e consequentemente a última disciplina que farei como aluno por toda minha vida, mesmo que esta dirija-se ao puramente acadêmico.

não existe mais a rotina da aula, dos trabalhos, da orientação do professor com relação a um currículo pré-estabelecido - ainda que às vezes escolhido - que me acompanhou desde o início da vida.

sair do colégio ou terminar a graduação não foi nada perto de hoje, assim como nada será defender minha tese daqui a alguns anos.

a mudança essencial é esta; todo o aprendizado deste ponto em diante se dará diretamente pelas minhas mãos, um processo imprevisível, nem um pouco solitário, e infinito.

Aprender.

É uma das formas mais intensas da vida.

Quem não está aprendendo é praticamente um cadáver: joga o jogo, sem praticar a arte.

 
Hehehehe... bem-vindo ao clube Mr. Abdo! ;-)

Abraços!

Ricardo (droga de sistema de comentários esse! :-P )

 
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